Bolsonaro diz que Fachin soltou Lula para petista voltar a ser presidente

O Chefe do Executivo disse ainda que conhece o passado de Fachin: ‘Foi militante de esquerda e advogado do MST’

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), afirmou na sexta-feira 27 que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin anulou condenações impostas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para que o petista volte a ser eleito para comandar o Brasil.

Em declaração feita durante live nas redes sociais — excepcionalmente realizada na sexta-feira nesta semana — Bolsonaro disse que “ninguém vai botar o cara para fora com condenações grandes, em três instâncias, para ficar passeando por aí”.

Na sequência, o presidente afirmou que Lula foi colocado em liberdade “no meu modesto entendimento, para ser presidente da República”. O presidente citou ainda que conhece o passado de Fachin. “Foi militante de esquerda e advogado do MST”, afirmou, em referência ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).

Lula foi condenado pela primeira vez em 2017, pelo então juiz Sergio Moro, no caso que ficou conhecido como “triplex no Guarujá”. Posteriormente, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) confirmou a sentença. Em Brasília, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) também manteve as condenações de Lula. Ao chegar no STF, no entanto, as condenações foram anuladas.

Bolsonaro diz que Daniel Silveira ‘falou o que não deveria’

Durante a live, Bolsonaro afirmou ainda que o deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) “falou o que não deveria”. Sem entrar em detalhes, o presidente se referiu aos vídeos de Silveira contra o STF.

Silveira foi preso por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, em fevereiro de 2021. Posteriormente, foi para prisão domiciliar, mas voltou para prisão, no Rio. Silveira foi solto no final do ano passado.

Em abril deste ano, ele foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão no inquérito de “ações antidemocráticas”. Bolsonaro concedeu graça ao deputado. No entanto, Alexandre de Moraes continua a impor multas e sanções ao parlamentar.

Fonte: Revista Oeste

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