Presidente deu declaração para jornalistas na saída do hospital neste domingo
Na manhã deste domingo (18), ao deixar o Hospital Vila Star, em São Paulo (SP), onde estava internado por causa de uma obstrução intestinal, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o voto impresso auditável e criticar o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por, segundo Bolsonaro, fazer “ativismo” contra a mudança.
Por que a vontade doida do [Luís Roberto] Barroso de manter o sistema como está? A apuração tem que ser também pública. Temos que afastar aquela história de que quem ganha eleição não é quem vota, mas quem conta os votos. […] Por coincidência, quem faz o maior ativismo contra o voto auditável é o ministro Barroso – disse.
O presidente também questionou a utilização do voto eletrônico ao redor do mundo, e fez questão de ressaltar que a intenção do voto auditável é promover uma modernização no sistema eleitoral, assim como frequentemente é feito no sistema bancário, que busca formas de impedir a entrada de hackers em seus sistemas.
“Não entendo por que não querem o voto auditável. Será que esse voto eletrônico é usado no mundo todo? É tão confiável assim? Tenho certeza de que a maioria de vocês não acredita no voto como está aí. As coisas evoluem. É igual banco. Eles buscam maneiras de evitar que hackers e bandidos entrem [no sistema]”, declarou.
Por fim, o presidente voltou a dizer que “só Deus” o tira da cadeira de presidente e afirmou que é incessante na luta contra a corrupção. O líder afirmou que será o primeiro a buscar maneiras de apurar casos de condutas inapropriadas caso elas ocorram dentro de sua administração.
“Querem derrubar o governo? Já disse: só Deus me tira daquela cadeira. Será que não entenderam que só Deus me tira daquela cadeira? Se aparecer corrupção em meu governo, serei o primeiro a buscar maneiras de apurar e deixar na mão da Justiça para que esse possível responsável seja punido”, finalizou.