Presidente ainda criticou a resistência do TSE em receber as sugestões das Forças Armadas para o processo eleitoral
O presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma apresentação sobre transparência das eleições a embaixadores estrangeiros, nesta segunda-feira, 18, externando preocupação sobre segurança de urnas eletrônicas e apuração. O encontro aconteceu no Palácio do Alvorada, em Brasília.
Além das urnas, Bolsonaro também reiterou as críticas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pela resistência ao diálogo com as Forças Armadas sobre a segurança do pleito deste ano.
Bolsonaro baseou sua apresentação aos embaixadores em um inquérito aberto pela Polícia Federal em 2018, com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a invasão de um hacker ao sistema do TSE.
Segundo o presidente, “hackers ficaram por oito meses dentro dos computadores do TSE”. Bolsonaro também rebateu a versão de que esteja preparando um golpe nas eleições de 2022.
“Tudo que vou falar aqui está documentado, nada da minha cabeça. O que mais quero por ocasião das eleições é a transparência. Queremos que o ganhador seja aquele que realmente seja votado”, afirmou.
Bolsonaro ainda comentou uma declaração recente de Luiz Edson Fachin, presidente do TSE, em que o ministro afirmou que as eleições “dizem respeito às forças desarmadas”.
“Por que nos convidaram? Achavam que iam dominar as Forças Armadas? Será que se esqueceram que sou o chefe supremo das Forças Armadas? Jamais as Forças Armadas participariam de uma farsa”, rebateu.
“Todas as sugestões apresentadas pelas Forças Armadas podem ser cumpridas até 2 de outubro (data do primeiro turno). E, se tiver qualquer despesa extra, o Poder Executivo arranja recursos para tal”, concluiu o presidente, nesta segunda-feira.
Ministros do governo, como Carlos França (Relações Exteriores), Ciro Nogueira (Casa Civil), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) também estiveram presentes no evento desta segunda-feira, em Brasília.