Presidente voltou a criticar signatários do documento nesta quinta-feira
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar os signatários da carta em “favor da democracia” nesta quinta-feira (4). Os alvos da vez foram os artistas que aderiram ao manifesto. Segundo o chefe do Executivo, o grupo está insatisfeito pois “recebia milhões da Lei Rouanet”.
A fala ocorreu durante agenda com pastores evangélicos, em São Paulo. Esse foi mais um dos questionamentos que o candidato à reeleição tem feito contra o documento dos esquerdistas nos últimos dias. Ele já chamou o manifesto de “cartinha”, empresários adeptos de “mamíferos” e também ressaltou que parte dos banqueiros só assinou a carta “porque perderam cerca de R$ 40 bilhões em taxas após a criação do Pix”.
“Essas pessoas que assinaram a cartinha em defesa da democracia agora, muitos artistas que pegaram por ano até R$ 10 milhões da Lei Rouanet, rodaram. A gente tinha que atender o pessoal mais humilde. Agora se arvoram como defensores da democracia”, afirmou em discurso.
O presidente também afirmou que, na época da pandemia, em que houve medidas excessivas de lockdown, ninguém se apresentou em defesa da democracia.
“Naquela época, ninguém assinou cartinha defendendo a democracia. Agora, tem pessoas assinando cartinhas pela democracia para dizer que eu não sou democrata. Eu não me omiti em nenhum momento durante a pandemia, até o fato de andar sem máscara é para mostrar que nós devemos nos preocupar com o vírus, sim, mas não podemos nos acovardar”, completou.
O documento ao qual Bolsonaro se refere é organizado por juristas e pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP). O texto contava com mais de 740 mil assinaturas nesta quinta-feira.