Secretário de Estado dos EUA prometeu que país estará sempre ao lado de Israel
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, reiterou nesta quinta-feira (12) em Tel Aviv que, enquanto o seu país existir, Israel não terá de se defender sozinho.
“A mensagem que trago a Israel é que você pode ser forte o suficiente para se defender por sua conta, mas enquanto os Estados Unidos existirem, você nunca precisará fazê-lo. Estaremos sempre ao seu lado”, prometeu Blinken em uma coletiva de imprensa ao lado do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Blinken confirmou ainda que 25 americanos morreram em Israel nos últimos dias.
O chefe da diplomacia americana indicou que o grupo terrorista islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza e que lançou um ataque por terra, mar e ar contra Israel no último sábado (7), não cometeu estes “atos atrozes tendo em mente os interesses do povo palestino”.
“Não há pretexto para estes atos horrendos”, declarou Blinken, que começou sua fala afirmando que não foi a Israel apenas como secretário de Estado, mas também como judeu.
Além disso, ressaltou que “Israel tem o direito e a obrigação de se defender” e de garantir que isso não aconteça novamente, e revelou que conversou com Netanyahu sobre a importância de como Israel cumprirá esse propósito.
“Nós, as democracias, distinguimo-nos dos terroristas por termos padrões diferentes, mesmo quando isso é difícil, e por nos responsabilizarmos”, observou.
Nesse sentido, acrescentou que a humanidade e o valor dado à vida e à dignidade humanas é o que faz uma democracia e o que a torna forte.
“É por isso que é tão importante tomar todas as precauções possíveis para evitar ferir civis e lamentamos a perda de todas as vidas inocentes. Civis de todas as religiões, de todas as nacionalidades morreram”, ressaltou.
DECLARAÇÕES DE NETANYAHU
Netanyahu, que falou em hebraico e inglês, afirmou na mesma coletiva que a visita de Blinken é “outro exemplo tangível do apoio inequívoco dos EUA a Israel”.
Em seguida, comentou que “o Hamas provou ser um inimigo da civilização” com o massacre de jovens em um festival de música ao ar livre e o massacre de famílias inteiras, entre outras ações.
“O presidente [Joe] Biden tinha razão quando chamou isto de “puro mal””, disse o primeiro-ministro, que equiparou o Hamas ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI) e antecipou que a organização palestina será “esmagada”.
Netanyahu declarou ainda que “o primeiro pré-requisito para a vitória é a clareza moral”, conceito que, como ele mesmo indicou, Blinken mencionou durante a reunião desta quinta.
“Não condenar claramente o terrorismo não só coloca em risco o povo de Israel, mas as pessoas ao redor do mundo, vejam o que aconteceu, Indivíduos de 36 países morreram ou estão desaparecidos após estes ataques monstruosos”, lamentou o secretário de Estado americano.
Blinken chegou nesta quinta-feira a Tel Aviv, onde, além de se encontrar com Netanyahu, teve uma reunião com seu homólogo israelense, Eli Cohen, com quem também discutiu o apoio americano a Israel em nível internacional e a cooperação na guerra contra o Hamas.