Big Tech lidera projeto para implantar passaporte digital internacional para vacinas que poderá ser exigido a todos os viajantes

Viajantes de todas as partes do mundo podem em breve estar enfrentando uma nova realidade ao viajar, o passaportes digitais de vacinas. Os passaportes para vacinas estão sendo desenvolvidos pelas maiores empresas do mundo de tecnologia e contam com o apoio da comunidade internacional.

O passaporte da vacina ainda nem foi desenvolvido e já está definido para ser ‘o passaporte mais poderoso do mundo’. Uma vacina contra a covid-19 não está no mercado há um mês e, no entanto, logo será exigida para todos os viajantes, apesar de ainda não existir comprovações de que ela é segura e eficiente a longo prazo.

A Microsoft, Apple e Google estão liderando um grupo de think tanks governamentais, empresas de tecnologia blockchain como a Oracle, Salesforce, Mayo Clinic, executivos de companhias aéreas e empresas distribuidoras de passagens áreas como a Ticketmaster, organizações sem fins lucrativos proeminentes, empresas de segurança e outros gigantes da tecnologia para implantar um passaporte digital conhecido como ‘Covid Credentials Initiative‘ (Iniciativa de Credenciais de Covid) ou CCI.

Até o momento, as discussões são preocupantes, pois parecem estar propondo um cenário em que todos no mundo seriam obrigados a ter um tipo de ‘Apple Wallet’ ou conta do ‘Google Pay’ para verificar seu “passaporte da vacina”. Entre as muitas preocupações, um problema explícito seria o acesso imediato que governos e corporações teriam aos registros médicos privados.

Ninguém sabe ainda quanta informação precisaria ser entregue para se obter um passaporte de vacinação, mas o condado de Los Angeles, na Califórnia, já planeja que os recipientes de doses individuais da vacina contra a Covid armazenem provas de seus registros de imunização em sua carteira Apple, para ter acesso aos aeroportos ou locais públicos. Isso segue a exigência atual da China de que todos os cidadãos tenham um aplicativo de código de saúde em seus telefones, vinculado à sua identificação digital. Os cidadãos chineses não estão autorizados a viajar sem apresentar o código de saúde. É interessante notar que Los Angeles pode exigir um passaporte digital da Covid para entrar em qualquer instalação, mas não exige nenhuma identificação para votar, já que os atuais líderes do governo argumentam que tal exigência ‘privava os pobres de forma desproporcional’.

Além de Los Angeles, a companhia aérea nacional da Austrália, Qantas, se tornou a primeira companhia aérea a exigir comprovante de vacinação antes de embarcar em um voo internacional.

Israel está atualmente liderando o caminho do controle populacional com seu próprio processo de certificação. Israel está emitindo um certificado de vacinação chamado “livreto verde”, que é dado a todas as pessoas que receberam duas vacinas contra Covid-19. Eles têm um dos planos de vacinação mais rápidos do mundo. Em menos de um mês, Israel já vacinou 1/5 de sua população e quase 3/4 de sua população idosa com mais de 60 anos. Seu objetivo é ter metade de toda a população vacinada em menos de 60 dias.

Um passaporte de vacina integraria a rastreabilidade e verificação de viajantes internacionais de uma forma que nunca foi feita antes em nível internacional. Até este ponto, cada nação tinha controle sobre sua própria verificação de passaporte. Embora existam normas internacionais para a emissão de passaportes, o processo nunca foi centralizado. Um passaporte digital de vacinas poderia mudar tudo isso e criar um sistema centralizado que criaria o documento de viagem mais poderoso do mundo.

Por Thaís Garcia

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