Entre outros pontos, texto trata de remédios que ajudam a interromper a gravidez
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou um decreto para facilitar o acesso ao aborto no país nesta sexta-feira, 8. Em junho, a Suprema Corte dos EUA deu a Estados o poder sobre a questão.
O pacote da Casa Branca inclui: Apoio de US$ 3 milhões (R$ 16 milhões, na cotação atual) a clínicas de atendimento às mulheres; Ampliação do acesso a pílulas do dia seguinte e remédios abortivos autorizados pela “Anvisa” dos EUA; Proteção de dados de quem busca a interrupção da gravidez em outros Estados.
Além das três medidas principais, Biden pretende ampliar “campanhas educativas” para informar às mulheres sobre o direito aos medicamentos.
A Casa Branca quer ainda estimular a atuação voluntária de advogados que possam “defender o direito das mulheres” de viajarem a outro Estado para abortarem, de forma a protegê-las contra processos que possam surgir. Nos EUA, prevê-se que metade dos Estados proíbam a interrupção da gravidez.
A efetividade das ações é incerta. Há Estados que estudam proibir o uso de pílulas abortivas e seu envio pelo correio. Apesar de ser um medicamento liberado por autoridades federais de saúde, não há uma lei que garanta o acesso a eles — sem apoio no Parlamento, os democratas não devem se mover.
Vaga, a ordem determina que Xavier Becerra, secretário de Saúde e Serviços Humanos, elabore em 30 dias um relatório de como as propostas podem ser postas em prática, além de criar uma força-tarefa com órgãos de governo.
A única maneira real de Biden conseguir mais amplitude em seu decreto seria ter controle sobre o Congresso. As mais recentes pesquisas mostram preferência do eleitorado norte-americano por conservadores no Legislativo.