“Trata-se de censura, trata-se de uma ditadura”, denunciou a parlamentar em suas redes sociais
A deputada federal Bia Kicis (PL-DF) usou suas mídias sociais, nesta terça-feira (10), para criticar a ação de um procurador da República em São Paulo que fez graves acusações contra a Jovem Pan e abriu um inquérito civil para que seja apurada a conduta da mídia, que é acusada por ele de disseminar fake news e incitar atos antidemocráticos.
Se constatados os delitos, a Jovem Pan poderá ser punida com multas e indenizações por dano moral coletivo e a suspensão de sua concessão por até 30 dias, bem como cassá-la definitivamente; ou seja, tirá-la do ar.
Kicis inicia o vídeo, denominado Censura, comentando a determinação da Jovem Pan de afastar os comentaristas políticos da grade: Rodrigo Constantino, Paulo Figueiredo e Zoe Martinez.
A decisão da emissora visa se resguardar dessas possíveis sanções ameaçadas pelo Ministério Público Federal (MPF) . Ela respondeu às acusações do procurador de que o conteúdo veiculado representaria perigo para a democracia.
“Esses programas são muito perigosos, sabe por quê? Por que eles incutem no espírito do brasileiro uma dúvida sobre a rigidez, a lisura das instituições democráticas. Quando as pessoas têm dúvida, a melhor forma de tirar a dúvida é debater, é trazer transparência. Mas quando querem esconder os fatos para que você não possa duvidar, aí a gente tem certeza de uma coisa: trata-se de censura, trata-se de uma ditadura”, denunciou a parlamentar.
Bia demonstrou sua tristeza diante deste cenário político do país e voltou a criticar o procurador. Ela, que já foi subprocuradora-geral do Distrito Federal, em Brasília, entre os anos de 1992 a 2016.
“Esse procurador está muito preocupado que a Jovem Pan pode estar fazendo com que o cidadão brasileiro tenha dúvida a respeito das instituições democráticas brasileiras. Aí eu pergunto pra você que está vendo esse vídeo: Como está sua confiança nas instituições democráticas diante de todos os fatos que você está assistindo?”, questionou Kicis.
A parlamentar deu continuidade ao pronunciamento dizendo que o “procurador deveria estar mais preocupado com ministros abrindo inquéritos, passando por cima do Ministério Público, desrespeitando pedido de arquivamento de procurador da República, que ministros, solenemente, ignoram”.
“Procurador, você devia procurar o que fazer, ao invés de querer usar a instituição do Ministério Público; essa sim caiu em descrença por atitudes como essa sua. Você deveria cuidar de exercer o seu papel de forma isenta, de forma institucional, e não querer usar da instituição para impor a sua ideologia e a censura, que pelo visto você tanto aplaude e admira”, finalizou, reprovando com veemência a conduta do procurador.