Benedito Gonçalves, ministro do TSE, inclui documento apreendido com Torres em ação contra Bolsonaro

O magistrado deu três dias para a defesa de Bolsonaro se manifestar no processo

O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), autorizou a inclusão da minuta apreendida na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres em ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão é de segunda-feira 16.

A Corte atende a um pedido feito pelo PDT em um processo que apura a legalidade do encontro de Bolsonaro com embaixadores em julho de 2022. Na ocasião, o então chefe do Executivo expôs sua preocupação com a transparência do sistema eleitoral brasileiro.

Na avaliação de Gonçalves, o documento pode ter relação com os fatos investigados no processo. “A reunião realizada com os embaixadores deve ser analisada como elemento da campanha eleitoral de 2022, dotado de gravidade suficiente para afetar a normalidade e a legitimidade das eleições, e, assim, configurar abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação”, justificou o ministro.

O magistrado deu três dias para a defesa de Bolsonaro se manifestar no processo.

Benedito Gonçalves, ministro do TSE

Uma imagem do magistrado com Luiz Inácio Lula da Silva em setembro do ano passado ganhou repercussão. Na posse do ministro Alexandre de Moraes, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gonçalves é visto em clima amistoso com o petista.

Benedito Gonçalves, na diplomação de Lula: ‘Missão dada é missão cumprida’

Durante a cerimônia de diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizada no dia 12 de dezembro de 2022, o ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dirigiu-se ao presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, e afirmou o seguinte: “Missão dada é missão cumprida”.

A declaração foi proferida logo depois de Moraes pedir ao ministro Ricardo Lewandowski e ao próprio Gonçalves que levassem o presidente eleito e o vice, Geraldo Alckmin (PSB), ao plenário do TSE.

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