Milhões de brasileiros defendem a impressão do comprovante do voto para que o processo eleitoral seja mais transparente
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, reiterou os ataques ao voto auditável. “Já passou o tempo de golpes, quarteladas, quebras da legalidade constitucional. Ganhou, leva. Perdeu, vai embora”, declarou o juiz, em entrevista publicada no jornal O Globo, neste domingo, 30. Para ilustrar as críticas, Barroso lembrou dos Estados Unidos, cujas eleições federais foram judicializadas: “Trump esperneou muito, mas está na Flórida, não em Washington”. Segundo o magistrado, não há lugar no Brasil para a “não aceitação dos resultados legítimos das urnas eletrônicas”.
Barroso defendeu os equipamentos atualmente utilizados no processo eleitoral, e garantiu que são auditáveis. “A urna eletrônica possui um arquivo que funciona como a velha urna de lona, armazenando todos os votos, sem a identificação do eleitor, naturalmente. Esse registro possibilita a recuperação dos votos para sua recontagem eletrônica”, disse. Para o juiz, quem defende a impressão do comprovante do voto desconhece como o atual sistema é seguro e transparente. “O processo eleitoral é seguro e vai proclamar quem efetivamente venceu. O resto é espuma e fumaça”, afirmou Barroso.