Frente parlamentar tem sido mais alinhada às propostas do governo Bolsonaro do que o restante da Câmara
Com 181 deputados e oito senadores, a Frente Parlamentar Evangélica é composta por filiados de 80% dos partidos representados na Câmara – do PL ao PT. Os dados são do Observatório do Legislativo Brasileiro (OLB), do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Criada em 2003 e oficializada em 2015, a frente representa quase 30% da população e 24% do eleitorado. Sua composição é dividida entre parlamentares evangélicos (46%) e católicos (43%). A presidência da Frente é ocupada atualmente pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).
Pela similaridade de valores, a frente evangélica vota mais alinhada às propostas do governo Bolsonaro (PL) do que o conjunto de deputados no geral. De acordo com o estudo do Observatório do Legislativo Brasileiro, a adesão dos deputados da frente às pautas governamentais é de 77% contra 66% do total da Câmara.
Os projetos apresentados com maior participação da frente evangélica estão concentrados em três principais temas: processo legislativo e atuação parlamentar (49%), direito penal e processual penal (48%) e defesa e segurança (48%).
Já entre os temas mais comuns dos textos aprovados, e que são assinados pela frente parlamentar, estão as finanças públicas (44%), administração pública (31%) e direitos humanos e minorias (19%).