O Partido Comunista da China (PCC) admitiu, nesta segunda-feira, 6, que o balão que sobrevoou a América Latina e o Caribe pertence a Pequim. Segundo a ditadura chinesa, o objeto é para fins civis.
“Afetado pelo clima e com capacidade limitada de autodirecionamento, o dirigível se desviou muito de seu curso planejado e entrou no espaço aéreo da América Latina e do Caribe”, informou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning.
O balão foi visto no espaço aéreo da América Latina pela primeira vez na sexta-feira 3. Esse é o segundo balão chinês que se desviou do curso em virtude do clima. O primeiro foi nos Estados Unidos.
“Observamos relatos de um balão transitando pela América Latina”, comunicou o porta-voz do Departamento de Defesa, Pat Ryder, sem especificar a localização exata do objeto. “Avaliamos agora que é um outro balão de vigilância chinês.”
Inicialmente, o balão foi detectado pelo Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, em 28 de janeiro, enquanto flutuava para o leste sobre o Alasca. Viajou pelo Canadá até os EUA, onde passou algum tempo. Acabou derrubado no sábado 4.
O secretário do Departamento de Estado Norte-Americano, Antony Blinken, considerou o ato da China “irresponsável”. “É uma violação clara da soberania norte-americana e do direito internacional, que mina o propósito da viagem”, salientou.
Em nota, a ditadura chinesa disse estar indignada com o abatimento do balão e repetiu que o objeto entrou no espaço aéreo norte-americano por engano.
“A China é um país responsável”, ressaltou Mao. “Sempre respeitamos rigorosamente o direito internacional. Informamos todas as partes relevantes e lidamos adequadamente com a situação, que não representa nenhuma ameaça para nenhum país.”