Aziz sugere desafiar hackers a invadir urna eletrônica

Presidente da CPI se referiu diretamente ao ministro Barroso

O senador Omar Aziz, presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, sugeriu ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, que desafie os maiores hackers do Brasil no sentido de tentarem fraudar uma urna eletrônica.

“Eu até sugiro ao ministro Barroso que pegue os maiores hackers no Brasil e entregue uma máquina dessa [urna eletrônica]. O presidente [da República] pode levar lá quem ele quiser. Pega o pessoal do IME [Instituto Militar de Engenharia], pega aquele cidadão que estava ao lado dele [coronel Eduardo Gomes da Silva] e que mostrou aquele vídeo, [dizendo] que aquilo era prova de fraude, coloca lá: “Olha, está aqui. Vamos ver se você consegue realmente fraudar isso aqui”. Duvido que consigam!”, disparou Aziz em referência à live em que Bolsonaro prometeu comprovar fraudes nas urnas.

A declaração foi feita por Aziz durante a sessão de terça-feira (3) da CPI da Covid. Na ocasião, o senador ainda acusou o presidente da República de questionar o voto eletrônico apenas para tirar o foco dos reais problemas do Brasil.

“Hoje a grande discussão, veja só… Nós estamos há uma semana, [em que estão] morrendo brasileiros, [o] desemprego [está] em alta, [a] economia [está] patinando, um caos, e a discussão que estão levando para tirar o foco dos grandes problemas brasileiros é em relação a uma coisa que já estava consolidada, que era o voto eletrônico! Será que ninguém percebe que isso é uma estratégia para que os grandes problemas…”, declarou o senador sem completar a frase.

Aziz ainda criticou as manifestações em favor do voto impresso e disse que gostaria de ver manifestações de seguidores de Bolsonaro aplaudindo a Educação, a Saúde e a Economia, com o crescimento de empregos.

“Não, não é isso. As manifestações hoje são sobre negócio de voto eletrônico, criando uma discussão, um embate entre o Supremo Tribunal Federal com o Chefe da nação, como se nada estivesse acontecendo para o Chefe da nação”, apontou.

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