Atendendo partidos de esquerda, TSE restringe porte de armas no dia da eleição

Ninguém poderá estar armado no perímetro de 100 metros dos locais de votação, segundo os sete ministros da Corte

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, nesta terça-feira, 30, restringir o porte de armas no dia das eleições presidenciais. A Corte analisou uma consulta apresentada por parlamentares da oposição, no início de julho, que demandam a proibição da circulação de pessoas portando armas, inclusive na entrada dos locais de votação e nas seções eleitorais.

Foram sete votos a zero. Concordaram com a restrição do porte de armas no dia das eleições o relator do texto, ministro Ricardo Lewandowski; a ministra Cármen Lúcia; o ministro Mauro Campbell Marques; o ministro Benedito Gonçalves; o ministro Sérgio Banhos; o ministro Carlos Horbach; e o ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE.

Amparados na leitura do relator, os ministros argumentaram que a polarização política é responsável pelo aumento da violência no país. Os magistrados citaram suposta alta no número de homicídios e agressões às mulheres e aos candidatos a cargos eletivos. Portanto, dar aos cidadãos o direito de portar armas contribuiria para o aumento da violência no Brasil.

Na prática, os brasileiros não poderão portar armas nos locais de votação. A exceção vale apenas para os integrantes das Forças de Segurança (em serviço e com a anuência do TSE).

Depois de assumir a presidência da Corte, Moraes criou um núcleo de inteligência para avaliar a “segurança” das eleições. Em uma das reuniões do grupo, que contou com a participação de policiais militares, discutiu-se eventual restrição ao porte de armas.

A proibição do treinamento e do transporte de armas pelos Colecionadores, Atiradores desportivos e Caçadores (CACs) também esteve em pauta.

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