PT e outros 13 deputados federais acusam o presidente da República de delitos de incitação ao crime
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) petição apresentada pelo Partido dos Trabalhadores (PT) contra o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL-RJ). O PT e outros 13 deputados federais acusam o presidente da República de delitos de incitação ao crime, apologia de crime ou criminoso, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e violência política. O procedimento foi feito nesta quinta-feira, 14.
Os autores da petição afirmam que lives de Bolsonaro e suas manifestações em redes sociais contêm ameaças às instituições e ao processo eleitoral, além de servirem de estímulos e incentivos, de forma direta ou subliminar, às práticas violentas, de ódio e intolerância. De acordo com o STF, os autores citaram o assassinato de um dirigente do PT em Foz do Iguaçu por um apoiador de Bolsonaro.
Segundo a petição, o presidente da República estaria usando sua posição de autoridade para espalhar o ódio e a contenda, e esse comportamento poderia levar a uma situação “de violência não desejada pela sociedade, em pleno processo democrático, durante o qual as rivalidades e as disputas devem ser de ideias, não de força”.
O presidente Jair Bolsonaro conversou, nesta terça-feira, 12, com familiares do guarda municipal Marcelo Arruda, ex-candidato a vice-prefeito de Foz do Iguaçu (PR), morto durante a própria festa de aniversário. O contato estabeleceu-se por meio de uma videoconferência, realizada pelo deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ). O parlamentar esteve na casa de Luiz de Arruda, irmão da vítima, para intermediar a conversa.
Ato pela paz
Nesta quinta, a família do guarda municipal Marcelo Arruda, petista morto em troca de tiros no Paraná (PR), convocou a população da cidade para um ato pela paz. A mobilização, descrita como inter-religiosa e suprapartidária, está marcada para acontecer no domingo, 17, às 10 horas. Será na Praça da Paz, na Avenida Juscelino Kubitschek (PR). A família de Arruda pediu que os participantes se vistam de branco.