Arthur Lira: ‘Três Poderes estão mais unidos do que nunca’

Presidente da Câmara afirmou que todas as medidas necessárias para ‘fortalecer as instituições’ poderão ser tomadas

Depois que manifestantes contrários à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) invadiram neste domingo, 8, o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse que os Executivo, Legislativo e Judiciário estão “mais unidos do que nunca a favor da democracia” e pretende discutir, com “absoluta amplitude”, com os chefes dos outros Poderes, “todas as medidas necessárias para fortalecer nossas instituições”.

As declarações foram feitas em sua conta no Twitter:

“Eu me coloco à disposição de todos os chefes de Poderes para fazermos uma reunião para deixar absolutamente inquestionável que os três Poderes estão mais unidos do que nunca a favor da democracia”, escreveu no fim da tarde deste domingo. “Neste encontro, claro, poderemos discutir, na mais absoluta amplitude possível, todas as medidas necessárias para fortalecer nossas instituições.”

Em uma série de postagens cerca de uma hora antes, Arthur Lira já havia se manifestado na rede social. Segundo ele, o Congresso Nacional “jamais negou voz a quem queira se manifestar pacificamente”. “Mas nunca dará espaço para a baderna, a destruição e vandalismo.”

Ele também disse que os responsáveis “que promoveram e acobertaram” os atos deste domingo “devem ser identificados e punidos na forma da lei”. A democracia “não admite as cenas deprimentes que o Brasil é surpreendido nesse momento (sic)”, escreveu ele.

Em 2006, esquerda invadiu e destruiu o Congresso

O Congresso Nacional foi invadido diversas vezes por manifestantes. Nem sempre tudo acabou bem. Em 2006, cerca de 500 integrantes do MST entraram na Câmara e quebraram salas e corredores inteiros à paulada.

O chefe da segurança, Normando Fernandes, foi hospitalizado com afundamento craniano depois de ser atingido por uma pedra. O busto do governador Mário Covas foi derrubado. Na época, o presidente da Casa era Aldo Rebelo.

Ele se recusou a receber os arruaceiros, cujo chefe era Bruno Maranhão. Aldo preferiu a cautela. Maranhão quase implodiu a reeleição de Lula. Depois foi preso e esquecido. Morreu em 2014.

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