Após ser exposto em vídeo, Randolfe Rodrigues apresenta queixa-crime contra Bolsonaro e pede remoção da publicação

Nesta terça-feira (20), o vice-presidente da CPI da Pandemia, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), ingressou no Supremo Tribunal Federal (STF) com uma queixa-crime contra o presidente da República, Jair Bolsonaro, por difamação. O senador acusa o chefe do Executivo de espalhar “fake news” ao seu respeito, com a intenção de ferir sua honra.

“Acabo de apresentar queixa-crime contra Bolsonaro por difamação, em razão de tentativa de ferir minha reputação mentindo sobre meu alegado envolvimento nos esquemas da Covaxin. Essa covardia de fake news precisa acabar!” — escreveu Randolfe em sua conta no Twitter.

Na segunda-feira (19), Bolsonaro publicou um vídeo no qual Rodrigues aparece defendendo a aprovação do uso emergencial da Covaxin, imunizante indiano contra o novo vírus. “Olha quem queria comprar a Covaxin sem licitação e sem a certificação da Anvisa” — escreveu o presidente.

Bolsonaro disse também que Randolfe e outros integrantes da CPI “tudo fizeram” via emendas para que governadores e prefeitos pudessem comprar vacinas “a qualquer preço, com o presidente da República pagando a conta”. “Com planos frustrados, restou ao G-7 da CPI acusar ao Governo do que eles tentaram fazer” — disse.

Na ação, o senador pede que a publicação do presidente da República seja removida no espaço de até 12 horas a partir da concessão da medida liminar, sob pena de multa de R$ 10 mil por hora de descumprimento, e a proibição de novas publicações com o mesmo teor, também sob pena de multa de R$ 10 mil por cada publicação.

Na mesma ação, o parlamentar pede uma indenização no valor de R$ 35 mil e uma retratação pública, em que Bolsonaro seja obrigado a dizer que “são falsas as alegações de que o senador Randolfe Rodrigues queria comprar a vacina Covaxin sem licitação, e sem a certificação da Anvisa, e que negociou a quantidade de vacinas”.

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