Após se chamado de “skinhead de toga”, Moraes põe PCO no inquérito das Fake News

Ministro do STF incluiu o PCO nas investigações após o partido pedir a dissolução do Supremo

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu incluir um partido de esquerda no inquérito das fake news, o Partido da Causa Operária (PCO). Em decisão desta quinta-feira (2), o ministro determinou à Polícia Federal (PF) que intime o presidente da sigla, Rui Costa Pimenta, a depor sobre publicações com ataques à Corte. A informação foi dada pela revista Veja.

Em suas redes sociais, o PCO chegou a defender a dissolução do STF e ainda criticou Moraes, chamando-o de “skinhead de toga”. A legenda acusou o ministro de “preparar um golpe” nas eleições deste ano.

“Alexandre de Moraes: candidatos que “divulgarem fake news” terão registro cassado. Em sanha por ditadura, skinhead de toga retalha o direito de expressão, e prepara um novo golpe nas eleições. A repressão aos direitos sempre se voltará contra os trabalhadores! Dissolução do STF!”, publicou o partido.

Ao incluir o PCO no inquérito das Fake News, Moraes apontou que o “que se verifica é a existência de fortes indícios de que a infraestrutura partidária do PCO, partido político que recebe dinheiro público, tem sido indevida e reiteradamente utilizada com o objetivo de viabilizar e impulsionar a propagação das declarações criminosas, por meio dos perfis oficiais do próprio partido, divulgados em seu site na internet”.

Além disso, o ministro do STF ainda apontou que o “Partido da Causa Operária, além das publicações no Twitter, utiliza sua estrutura para divulgar as mesmas ofensas nos mais diversos canais (Instagram, Facebook, Telegram, Youtube, Tik Tok), ampliando o alcance dos ataques ao Estado Democrático de Direito, de modo que atinjam o maior número possível de usuários nas redes sociais, que somadas, possuem quase 290 mil seguidores”.

Após a decisão, o PCO se manifestou em seu site e afirmou que Moraes determinou o bloqueio dos perfis do partido nas redes sociais. A sigla ainda chamou o ministro do STF de “ditador”.

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