“Liberdade e autodefesa são conceitos totalmente indivisíveis. Não se pode, por mero revanchismo político, retirar este direito da população de bem”, completa o texto
O deputado federal Ubiratan Sanderson (PL-RS) protocolou o primeiro pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Alegando ‘crime de responsabilidade’, o congressista enquadrou a fala do mandatário sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Em Buenos Aires (Argentina), Lula disse em discurso que “depois de um momento auspicioso no Brasil, quando [governos petistas comandaram o país] de 2003 a 2016, houve um golpe de Estado” no país.
Em reação imediata, o parlamentar solicitou ao Legislativo e ao Judiciário que “respondam com toda firmeza à falsa acusação feita contra os Poderes da República e sejam, em caráter de urgência, tomadas as imediatas providências previstas na legislação brasileira”.
Em nova frente, Sanderson e outros nomes do espectro centro-direita, especialmente ligada à bancada do PL, da base aliada de Jair Bolsonaro, apresentaram nesta semana ações para anular o decreto de Lula que restringe o acesso a armas de fogo.
O O PDL (projeto de decreto legislativo) protocolado por ele e o deputado Sargento Fahur (PSD-PR) sustenta que o decreto de Lula “violou as competências conferidas pelo constituinte originário à Câmara para legislar sobre a matéria” e limitou o livre exercício esportivo dos CACs.
Em outro PDL, também apresentado nesta semana, é dito que o desarmamento “não apenas deixa uma população menos livre, mas a deixa menos segura”, acrescentando que, incluindo no Brasil, “não há liberdade individual se o indivíduo está proibido de se proteger”.
“Liberdade e autodefesa são conceitos totalmente indivisíveis. Não se pode, por mero revanchismo político, retirar este direito da população de bem”, completa o texto.