O ex-presidente Lula mirou a artilharia na direção das Forças Armadas. Durante um evento promovido pela Central Única dos Trabalhadores, o petista prometeu que, caso volte ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano, vai mandar embora 8 mil militares que ocupam cargos comissionados.
“Vamos começar o governo sabendo que temos de tirar quase 8 mil militares que estão em cargos de pessoas que não prestaram concurso”, disse Lula, na segunda-feira 4. “Isso não pode ser motivo de bravata, isso tem que ser motivo de construção. Se a gente fizer bravata, não poderemos fazer.”
Segundo Lula, o Exército “não serve para política”, tampouco para “puxar o saco de Bolsonaro”. Desde a posse, o presidente Jair Bolsonaro aumentou o número de militares na administração pública. Atualmente, há pouco mais de 6 mil militares em cargos comissionados.
Ataques de Lula ao Parlamento
Lula atacou ainda o Congresso Nacional, que, para ele, “é o pior da história”. “Nós vamos ter que conversar com a sociedade sobre a importância de votar no Legislativo”, afirmou, ao afirmar que os parlamentares petistas aumentem a representatividade no Parlamento — o PT tem 56 deputados federais e sete senadores.
O grupo que aconselha a campanha de Lula na educação quer acabar com o projeto de escolas cívico-militares. A militarização das escolas é uma bandeira do governo Bolsonaro e alcançou 216 colégios públicos em 25 estados, desde 2019.
“O projeto das escolas cívico-militares fracassou”, resumiu ela, em conversa com a coluna. “O PT é contra esse projeto e com certeza não vai bancá-lo. Quem quer botar um filho ou filha em escola militar pode fazer isso com os colégios militares. O espaço físico das escolas públicas não pode ser ocupado por autoridades militares”, opinou.