Após ‘livrar’ Lula da Lava Jato, Fachin tem segurança reforçada

Ministro e sua família têm sido alvos de ameaças e protestos

O relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Edson Fachin, foi alvo de ameaças e xingamentos depois que ele decidiu anular as condenações impostas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o Estadão apurou, um dia após a decisão que reabilitou Lula a disputar as eleições, manifestantes chegaram a ir ao edifício e promover buzinaços perto da residência do ministro, no Jardim Social, bairro nobre de Curitiba. O episódio levou o Supremo a reforçar a segurança do magistrado.

– Toda solidariedade ao ministro Fachin e [à] família. Decisões judiciais podem ser recorridas ou criticadas, mas nunca por meio do discurso do ódio e da pressão autoritária. Ameaças e perseguições não impedirão o STF de continuar a proteger os direitos fundamentais e a CF/88 – escreveu o ministro Gilmar Mendes em sua conta pessoal no Twitter.

Esta não é a primeira vez que Fachin se torna alvo de ameaças. Em 2017, em entrevista ao jornalista Roberto D’Ávila, exibida pela Globonews, Fachin afirmou que está recebendo ameaças e que pediu providências à então presidente do STF, Cármen Lúcia, sobre o caso.

– Uma das preocupações que eu tenho não é só com o julgamento, mas também com a segurança de membros de minha família. Tenho tratado desse tema e de ameaças que têm sido dirigidas a membros da minha família – afirmou na ocasião.

Na época, Fachin relatou que já pediu providências também à Polícia Federal. As medidas, disse, já estão sendo adotadas.

– Nem todos os instrumentos foram agilizados, mas eu, efetivamente, ando preocupado com isso e esperando que não troquemos a fechadura de uma porta já arrombada também nesse tema – completou Fachin, demonstrando tensão.

Com informações do Estadão

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