Sergio Reis canta em final de Pantanal: “Globo teve que me aturar”

O músico chegou a afirmar que não se aliaria à Globo para não dar ibope a ela. No entanto, Reis mudou de ideia

Sergio Reis é um crítico ferrenho da Globo por achar que a emissora se posiciona contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). Para o cantor, a Globo é parcial ao condenar as atitudes do político, além de só escalar artistas de esquerda para suas produções. Ele chegou a afirmar que não se aliaria à emissora para não dar ibope a ela.

No entanto, Reis mudou de ideia e gravou participação no último capítulo do remake de Pantanal. “A Globo teve que me aturar”, declarou.

“Fui lá fazer uma cantoria no casamento de José Leôncio (Marcos Palmeira). Foi gostoso”, disse, em entrevista à Folha de S.Paulo. Dessa vez, ele disse que estava “sem tempo” para participar da novela antes e que só foi agora por carinho ao autor Benedito Ruy Barbosa.

“Eu devo essa satisfação e esse carinho para o Benedito Ruy Barbosa. Se é bom para a novela dele, eu vou e faço. Não importa [o que seja]. E a Globo também teve que me aturar, porque a Globo é contra o Bolsonaro e sabe que eu sou apoiador do presidente. Mas, de qualquer forma, não pode misturar uma coisa com a outra”, avaliou.

Reencontro com o passado

As duas Zefas, por outro lado, não lidaram tão bem uma com a outra. Elas já haviam trocado farpas na Internet, e, durante os bastidores, apenas se cumprimentaram rapidamente. Mesmo assim, a musa de 1990 guarda boas lembranças da participação.

“Especialmente com Marcos Palmeira, por ele ter sido meu par romântico na versão que fizemos juntos e nessa versão ter sido o personagem condutor da história”, ressaltou ela. O ator viveu Tadeu na primeira versão do folhetim.

Intérprete de Juma na versão assinada por Benedito Ruy Barbosa, Cristiana Oliveira também ficou abalada ao reencontrar o colega de cena. “Acho que a pessoa que eu mais me emocionei, e que mais se emocionou neste encontro, foi o Marcos Palmeira. A gente se fala sempre por WhatsApp. Desde o início da notícia do remake, temos nos falado. Mas a gente não se encontrava pessoalmente há muitos anos. Então, foi aquele encontro de olho no olho, foi muito sensível”, contou ela.

Almir Sater, intérprete do endiabrado Trindade na década de 1990, também não passou despercebido pelas ex-colegas. Cristiana se emocionou durante o reencontro. Ingra Lyberato definiu tudo como um grande “viagem no tempo”. “Foi quase como voltar àquela época”, disse. E um pouco depois, também: com Almir Sater, ela ainda protagonizou Ana Raio e Zé Trovão (1991).

“Passamos o dia nos abraçando, relembrando histórias e matando um pouquinho a saudade.

Foi difícil identificar o que era cena e o que era realidade. Tudo me recordou profundamente a primeira versão. A camaradagem entre o elenco, a emoção em cada cena, o sol, o rio, a natureza abençoando cada momento. Estávamos no Rio de Janeiro, mas o clima era do Pantanal. Me senti transportada para outra época e outro lugar.”

Escrita por Benedito Ruy Barbosa, Pantanal foi exibida em 1990 pela extinta Manchete (1983-1999). O remake da Globo é adaptado por Bruno Luperi, neto do autor. A novela das nove será substituída em 10 de outubro por Travessia, trama de Gloria Perez.

Fonte: Notícias da TV

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