Após críticas, Lula recua e afirma ser contra aborto

Após defender que mulheres tenham acesso ao aborto no Brasil, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) resolveu comentar sobre a polêmica e afirmou ser pessoalmente contra a prática, mas reforçou que ela existe “mesmo que a lei proíba” e “a religião não goste”.

“Eu tenho cinco filhos, oito netos e uma bisneta. Eu sou contra o aborto. O que eu disse é o seguinte: é preciso transformar isso em uma questão [de saúde] pública. As pessoas pobres, que são vítimas do aborto, têm que ter condição de se tratar na rede pública de saúde. É só isso. Mesmo eu sendo contra o aborto, ele existe. Ele existe, por mais que a lei proíba, por mais que a religião não goste”, declarou o presidenciável durante uma entrevista nesta quinta-feira, 7.

Lula defendeu que é dever do Estado fornecer condições para que mulheres que não tem poder aquisitivo possam interromper suas gestações, caso elas queiram.

“Uma pessoa que tem um poder aquisitivo bom procura uma clínica boa. E, quem sabe, viaja até para o exterior. O Estado tem que dar atenção a essas pessoas pobres. Não pode abandonar”, assinalou.

Na última terça-feira, 5, o petista havia abordado o assunto durante um evento promovido pela Fundação Perseu Abramo (FPA) e pela Fundação Friedrich Ebert (FES). Durante o evento, Lula disse que a “pauta da família, dos valores é muito atrasada” e reforçou que todos deveriam ter “direito” ao aborto, e não “vergonha”. As declarações do ex-presidente geraram reação por parte dos conservadores e apoiadores do presidente Jair Bolsonaro.

Com informaçõesm do Pleno News

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