André Marinho ataca Bolsonaro: “O que é deles está guardado”

Humorista voltou a falar do episódio que culminou na sua saída da Jovem Pan

Recém-saído do elenco de comentaristas da Jovem Pan, o humorista André Marinho disparou críticas à família Bolsonaro, em uma entrevista ao Metrópoles desta quarta-feira (10).

Ao falar sobre o esquema de rachadinha, tema central do episódio com o presidente no programa Pânico, Marinho disse que “o que é deles está guardado”.

– Não foi o meu pai que fez associação criminosa, lavagem de dinheiro, desvio de dinheiro público. [Não foi meu pai] que elevou ao estado da arte você usar verba de gabinete para ficar amealhando recursos e comprar imóvel superfaturado. O que é deles está guardado – disparou Marinho à Rachel Sheherazade, que conduziu a entrevista.

Mesmo tendo sido apoiador de Bolsonaro nas eleições de 2018, com a casa de seu pai, o empresário Paulo Marinho, servindo de sede para o comitê de campanha, o humorista garante que nunca fora íntimo da família presidencial.

– Nós nunca fomos parte do núcleo íntimo da família Bolsonaro. Mesmo na nossa casa, a gente só ia onde a gente era chamado – revelou.

De acordo com Marinho, sua família foi procurada por Bolsonaro por causa de seu tio, o advogado Gustavo Bebianno, que faleceu no ano passado.

– Quem nos procurou foi o então pré-candidato Jair Bolsonaro, temendo pela sua candidatura. Isso aconteceu através do meu saudosíssimo tio Gustavo Bebianno, que se foi em março do ano passado. Morreu de tristeza, porque foi escorraçado com requintes de crueldade, depois de ter dedicado integralmente dois anos da vida dele a esse projeto – contou.

As críticas, no entanto, foram reservadas apenas a Bolsonaro. À Jovem Pan, André Marinho teceu elogios, com a ressalva da adoção de uma linha editorial mais governista, segundo ele.

– Foram dois anos maravilhosos de aprendizado e crescimento profissional. Eu nasci como artista na Jovem Pan, um dos microfones mais potentes do país. Acho que está claro para todo mundo que a rádio fez uma decisão mercadológica no início da pandemia, que está adotando uma linha editorial mais adesista, mais governista – declarou.

Fonte: Jornal da Cidade

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