Torres disse que o novo superintendente tem um desafio muito grande e uma responsabilidade gigantesca, de um problema crônico, pela frente
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres declarou que o combate ao crime organizado no Rio de Janeiro é um trabalho que tem que ser realizado em conjunto pelos governos estadual e federal, mas precisa contar com a atuação do Poder Judiciário.
“Infelizmente o Rio de Janeiro, hoje, faz parte, se não for o coração desse problema [crime organizado]”, disse o ministro.
Torres disse que desde a sua posse no ministério já esteve várias vezes com o governador do estado, Cláudio Castro, e que não tem, na condição de gestor máximo de segurança pública no Brasil, como “não tratar o estado como um caso especial”.
“Um caso a parte, que precisa ser conversado entre os poderes, governo estadual e federal. Esse problema aqui no Rio de Janeiro é crônico e precisamos começar a tratar isso de uma forma séria e organizada em conjunto. Sozinho, o governo do estado não resolve. O governo federal não pode intervir. A gente tem que buscar uma saída para isso, junto com o Judiciário, junto com o Ministério Público”, defendeu, ao discursar na posse do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, delegado Ivo Roberto Costa da Silva.
Torres disse que o novo superintendente tem um desafio muito grande e uma responsabilidade gigantesca, de um problema crônico, pela frente.
Sobre casos de corrupção, o ministro lembrou a declaração do ex-deputado Ulisses Guimarães na promulgação da Constituição Federal de 1988. “A corrupção é o cupim da República. República suja pela corrupção impune, tomba nas mãos de demagogos que a pretexto de salvá-la, a tiranizam. Não roubar, não deixar roubar, por na cadeia quem roube, eis o primeiro mandamento da moral pública”.