Pesquisas indicam derrota dos democratas no Congresso
Ameaçado pelo avanço republicano nas eleições legislativas, as midterms, ou eleições de meio de mandato, que serão na terça-feira 8, o presidente norte-americano, Joe Biden, se esforçou no domingo 6 para mobilizar apoiadores e tentar reverter a tendência das pesquisas.
Os conservadores, do Partido Republicano, do ex-presidente Donald Trump, devem conseguir a maioria das cadeiras, segundo pesquisas, o que poderia dificultar ainda mais os dois últimos anos de Biden.
Em um discurso para democratas, no domingo, na Universidade Sarah Lawrence, no Estado de Nova Iorque, Biden pediu aos apoiadores que votassem.
“Se todos vocês forem votar, a democracia estará apoiada, não é uma brincadeira”, declarou. “Agora é o momento para que sua geração a defenda, a preserve, a escolha.” No mesmo discurso, ele mencionou a invasão do Congresso, em 6 de janeiro de 2021, depois de Trump ter sido derrotado.
Trump também discursou no fim de semana. Esteve na Flórida, Estado governado pelo Partido Republicano, e, em Miami, disse que poderia se candidatar à Presidência em 2024.
“Provavelmente terei de fazer isso de novo”, afirmou, em seu discurso. Os simpatizantes começaram a gritar “Mais quatro anos”, em referência ao período do mandato presidencial nos Estados Unidos.
Nos discursos, Biden também tem se apresentado como um defensor do aborto e prometido garantir a legalidade do procedimento em todo o país, se os democratas forem vencedores. Afirma-se, ainda, um defensor da classe média, mas acaba sendo desmentido pela inflação alta e pela possibilidade de recessão.
Há dois anos, os democratas têm uma maioria estreita na Câmara de Representantes e apenas um voto de vantagem no Senado, o da vice-presidente, Kamala Harris. As pesquisas indicam uma vitória tranquila dos republicanos na Câmara de Representantes e chances de retomada da maioria no Senado.
As eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, nas quais toda a Câmara e um terço do Senado são renovados, além de uma série de cargos estaduais, são frequentemente vistas como um referendo sobre o presidente em exercício.
O partido no poder tende a perder cadeiras no Congresso, principalmente se, como acontece com Biden, o índice de aprovação do presidente é inferior a 50%.