Alvaro Dias critica possível saída de Moro do Podemos: ‘Não tem 3 meses de política’

Senador afirma não acreditar na saída do ex-juiz do partido: ‘Seria um desgaste irreparável’

O senador Alvaro Dias (Podemos-PR) afirmou nesta sexta-feira, 4, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, que não acredita na possibilidade de saída do ex-juiz e ex-ministro da Justiça e da Segurança Pública Sergio Moro da legenda.

Pré-candidato à Presidência da República, Moro tem sido sondado pelo União Brasil (partido que resulta da fusão entre DEM e PSL). A articulação para a mudança de partido contaria, inclusive, com o apoio de parte das lideranças do próprio Podemos.

“Creio que o ministro Sergio Moro não sairá do Podemos. Ele se filiou no dia 10 de novembro, não tem três meses de política e de partido. Acho que seria um desgaste irreparável uma mudança agora”, afirmou Dias. “Qual a motivação para essa mudança? Certamente não seria ideológica.”

Segundo o senador, o União Brasil, de fato, convidou Moro. “Houve, sim, um convite, mas cabe a ele responder ao convite. Só ele pode responder. Eu não acredito que essa mudança ocorra”, disse o parlamentar — que foi candidato ao Planalto pelo Podemos nas eleições de 2018.

“O Podemos teria candidato à Presidência da República independentemente da filiação de Sergio Moro. Não cogitamos essa hipótese dele deixar o partido agora e, portanto, não cogitamos um plano B”, completou Dias.

O senador do Podemos aproveitou para fazer críticas ao sistema partidário brasileiro e defendeu uma reforma política mais profunda.

“É um fenômeno que ocorre nas campanhas eleitorais em razão desse modelo político retrógrado. Nós debatemos reforma política há tanto tempo e não a concretizamos. O modelo que temos é totalmente superado”, criticou.

“A opção partidária não se dá em razão das causas que o partido defende. Dessa forma, não se aprimora o sistema democrático”, concluiu Dias.

Em novembro do ano passado, também em entrevista à Jovem Pan, Alvaro Dias havia afirmado que a candidatura de Moro à Presidência pelo Podemos era “um caminho sem volta”.

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