Alunos fazem edições eróticas em fotos de colegas e comercializam

Estudantes estão sendo alvo de investigação realizada pelo Ministério Público peruano

Estudantes de uma escola particular no Peru manipularam fotos de colegas com o uso de inteligência artificial e colocaram o rosto das jovens no corpo de mulheres nuas para vender como conteúdo pornográfico. O caso tem gerado grande repercussão no país sul-americano e já virou alvo do Ministério Público peruano, que iniciou uma investigação sobre o ocorrido.

O fato aconteceu no St. George’s College, que fica no distrito de Chorrillos, na zona central do Peru. Pais de alunos denunciaram que fotos de estudantes da escola eram editadas, compartilhadas e até comercializadas pelo WhatsApp. Os autores das modificações teriam entre 13 e 14 anos. Ao menos 12 jovens já teriam sido vítimas das manipulações.

À agência de notícias EFE, a mãe de uma das vítimas relatou que ainda não se sabe qual seria o total de meninas afetadas, nem desde quando essas modificações estariam ocorrendo.

“Não sabemos a amplitude dos fatos em termos do número total de meninas afetadas, das fotografias, do seu envio, da sua compra e distribuição. Não temos o chat completo onde apareceram as fotos, nem desde quando esta prática tem sido exercida”, disse Ana Navas.

Com a repercussão do caso, a Procuradoria Nacional do Peru anunciou por meio de sua conta no X (antigo Twitter) que, por intermédio da Procuradoria da Família de Chorrillos, a equipe do Ministério Público compareceu a instituição de ensino para recolher documentação sobre o caso.

A equipe do MP também se reuniu com representantes da escola, com pais das vítimas e com funcionários do Ministério da Mulher e das Populações Vulneráveis, da Educação e da Polícia Nacional do Peru. O Ministério da Mulher, inclusive, solicitou que os responsáveis pela modificação das imagens sejam identificados e punidos.

O St. George’s College, por sua vez, se pronunciou sobre o caso e disse que “enquanto durarem as investigações das autoridades correspondentes, os alegados agressores não frequentarão as instalações escolares”. A instituição também declarou que repudia qualquer tipo de pornografia infantil.

“A nossa comunidade educativa tomou a decisão de aproveitar esta semana como um período de profunda reflexão sobre os acontecimentos ocorridos e as formas de evitar que situações como esta voltem a acontecer aqui ou em qualquer escola do país”, completou.

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