Alcolumbre mantém assessor suspeito de operar “rachadinha”

O assessor parlamentar Paulo Boudens segue lotado no gabinete do senador, com um salário de quase R$ 23 mil

Apesar de ser apontado como o possível operador do suposto esquema de rachadinha envolvendo o ex-presidente do Senado e atual presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), o assessor parlamentar Paulo Boudens não foi exonerado e continua trabalhando no gabinete do parlamentar, onde ganha R$ 22,9 mil por mês.

Boudens foi ouvido, na última sexta-feira (17), pela Procuradoria-Geral da República (PGR), sobre o suposto esquema. Ex-chefe de gabinete do ex-presidente do Senado, ele foi exonerado do cargo em fevereiro deste ano, segundo o registro do Diário Oficial da União (DOU), e passou a trabalhar como assessor parlamentar de Alcolumbre.

Quando o caso das supostas rachadinhas foi revelado pela revista Veja, em 29 de outubro, Alcolumbre negou as acusações e jogou a responsabilidade sobre seu ex-chefe de gabinete. O senador disse se concentrar nas atividades legislativas e assegurou que questões administrativas, como a contratação de funcionários, ficavam a cargo de Paulo Boudens.

Na reportagem da revista sobre o caso, uma das ex-funcionárias que fizeram a denúncia, a dona de casa Jessyca Priscylla de Vasconcelos Pires, confirmou que sacava o dinheiro relativo ao salário na boca do caixa, retirava sua parte, que era de 800 reais, e entregava o restante, cerca de 5.000 reais, a uma pessoa indicada por Paulo Boudens.

Procurado pelo site Metrópoles para explicar porque manteve Paulo Boudens como funcionário e quais atividades o assessor parlamentar tem desempenhado, o senador Davi Alcolumbre não respondeu. O advogado Alexandre Queiroz, representante de Boudens, também foi procurado pelo site e, assim como o parlamentar, não se manifestou.

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