Após essa publicação, Randolfe acionou a Polícia Legislativa
Outra prisão arbitrária na perseguição implacável à eleitores conservadores. Já foram jornalistas, pastores, deputados e agora um empresário de Macapá.
Desta vez foi na capital do Amapá, o empresário Júlio Farias foi preso nesta quinta-feira (22), em uma operação que apura supostas ameaças e crimes contra a honra que teriam sido praticados contra o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).
A ação foi realizada pela Polícia Federal (PF) em conjunto com a Polícia Legislativa do Senado.
O empresário realmente gravou um vídeo ‘ameaçando’ uma pessoa conhecida como ‘Gazela’. Não foi citado o nome do senador Randolfe Rodrigues e os casos de ameaça que terminaram em prisão no Brasil são raríssimos.
Aliás, nem homicídio dá cadeia no Brasil, quanto mais ameaça – mais de 70% dos assassinatos no Brasil sequer são esclarecidos e dos 30% que restantes, apenas uma fração termina efetivamente em prisão.
Inicialmente, a equipe que realizava a operação chegou a visitar um dos empreendimentos do empresário para cumprir dois mandados de busca e apreensão emitidos pela 12ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal. Durante o cumprimento das medidas, os agentes encontraram um silenciador para fuzil comprado pela internet, sem autorização, e prenderam o homem por porte ilegal de acessório de uso restrito.
Faltou falar que para o fuzil, o empresário tinha porte e a arma era devidamente registrada. O silenciador é apenas uma peça opcional e isoladamente, não representa perigo algum.
Nas redes sociais, o empresário tinha publicado, no dia 19 de novembro, um vídeo no qual afirmava o seguinte:
“Ô, gazela, eu vou te avisar uma coisa: o dia que eu me encontrar contigo e tu falar para mim ‘perdeu, mané’, tu vai cair na porrada. Vagabunda, nojenta”.
Após essa publicação, Randolfe acionou a Polícia Legislativa.
No entanto, de acordo com a defesa do empresário, o termo “gazela” seria referente a um apelido de um amigo de Júlio, que é petista, e o vídeo publicado seria na verdade uma brincadeira com esse amigo.
O advogado de Farias ainda destacou que Randolfe teria, na verdade, tomado “para si” o codinome usado pelo empresário na gravação.
“Em momento algum Júlio citou o nome do senador. Ele chamou de gazela um amigo que é petista, e ele [Júlio] é bolsonarista, então eles ficam um brincando com o outro. Júlio não tem nada contra o senador. Por conta do recado, em tom de brincadeira, o senador Randolfe tomou para si esse codinome de “gazela”, declarou à imprensa, o advogado de defesa José Calandrini.
Parece claro que não se trata do crime que se cometeu, mas contra quem supostamente foi cometido. A justiça no Brasil está longe de ser cega.