Advogada de presos em 8 de janeiro nega tentativa de golpe

Familiares e outros advogados cobram a individualização de condutas

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados está debatendo a prisão de centenas de cidadãos que estavam se manifestando em Brasília no dia 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas.

A advogada e presidente da Associação dos Familiares e Vítimas de 8 de janeiro (ASFAV), Gabriela Ritter, esteve presente na Câmara, nesta quinta-feira (3), para cobrar a individualização de condutas. O que acontece é que os presos são acusados de ações muito parecidas, sem evidências do que cada um teria feito individualmente.

A especialista disse que houve prisão em massa, sem distinção, que a ordem foi prender e algemar a todos. Ritter também nega que os manifestantes tentaram dar um golpe de Estado.

“Não era vontade dessas pessoas. Pode ter pessoas que queriam algo assim, mas a grande maioria dos presos não almejava isso”, declarou a defensora dos manifestantes.

Outros advogados e familiares de presos foram ouvidos pela comissão. O pedido para que o assunto fosse discutido e que essas pessoas fossem chamadas partiu dos deputados Marcel van Hattem (Novo-RS), Sanderson (PL-RS) e Delegado Ramagem (PL-RJ).

O ministro Alexandre de Moraes (STF) e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, foram chamados para o debate, mas não compareceram.

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