Quanto ‘mimimi’! Adele é chamada de transfóbica por dizer amar ser mulher

Cantora fez discurso ao receber um prêmio “sem gênero”

A cantora Adele virou alvo de críticas por parte de ativistas dos direitos transgêneros e feministas após dizer que ama ser mulher ao receber o prêmio de Melhor Artista no Brit Awards 2022, realizado em Londres, nesta terça-feira (8).

A premiação decidiu excluir a distinção entre cantoras e cantores e criou a categoria Melhor Artista, uma fusão entre os antigos prêmios Melhor Artista Feminino e Melhor Artista Masculino. O objetivo é incluir aqueles que não se identificam com nenhum dos dois gêneros, a exemplo de Sam Smith, que já levou o prêmio e declarou ser uma pessoa não binária.

Em seu discurso, Adele, no entanto, reconheceu as motivações da criação da categoria, mas reafirmou ter orgulho de seu gênero.

“Eu entendo por que o nome desse prêmio mudou, mas eu realmente amo ser mulher e ser uma artista feminina. Amo mesmo!”, declarou a britânica de 33 anos.

Internautas teceram discursos inflamados na web, alguns prometendo boicotar sua música, alegando que Adele ofendeu pessoas não binárias e a rotulou de TERF – um termo pejorativo contra uma feminista que exclui os direitos de pessoas trans.

“Quem pensaria que Adele era transfóbica e usaria sua plataforma para pedir a destruição da comunidade trans”, escreveu um internauta.

“Por favor, não, Adele não pode ser uma TERF”, comentou Jacob, influenciador digital e um dos representantes da causa trans.

“Bem-vinda ao Admirável Mundo Novo Inclusivo. Agora dizer “eu realmente amo ser uma mulher, eu realmente amo ser uma artista feminina” é o suficiente para ser rotulada como Terf e transfóbica”, comentou a jornalista e ativista dos direitos das mulheres Inna Shevchenko.

Apesar do furor, publicitários que representaram algumas das maiores estrelas do mundo disseram ao jornal Mail Online que a posição de Adele no Brit Award sem gênero será boa para sua carreira.

O guru de relações públicas e especialista em gerenciamento de crises Mark Borkowski aposta que a artista não será “cancelada” por sua gravadora simplesmente por ser a artista mais vendida do mundo atualmente.

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