Acampamentos no Rio vão ser desmontados nesta segunda-feira, diz prefeito

Ação deve ter participação da Polícia Militar, Exército e Guarda Municipal

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), disse nesta segunda-feira, 9, que os acampamentos no centro da cidade de manifestantes contrários à eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serão desfeitos ainda hoje. A ação, segundo ele, terá participação do Exército, da Polícia Militar e da Guarda Municipal.

“Até a noite de hoje [segunda-feira, 9] a prefeitura do Rio irá, em colaboração com o Exército e com a polícia militar, promover a retirada de todos os objetos e barracas que ocupam o espaço público tomado por manifestantes que atentam contra a democracia na praça Duque de Caxias”, escreveu, no Twitter.

A decisão é motivada pela invasão e depredação dos prédios dos três Poderes no Distrito Federal no domingo 8.

No Rio de Janeiro, o acampamento foi montado em frente à sede do Comando Militar do Leste. A área fica na Avenida Presidente Vargas, próximo da Central do Brasil, terminal dos trens de passageiros da Grande Rio, e do comércio popular da Saara.

O prefeito afirmou que os detalhes estão sendo definidos com o secretário de Ordem Pública e com o comandante da Guarda Municipal e também adiantou a publicação de um decreto, a ser veiculado no Diário Oficial de terça-feira 10, suspendendo férias e folgas dos guardas municipais, convocados a participar da ação.

No decreto, o prefeito menciona “os graves acontecimentos em Brasília” e cita “a necessidade de prevenção e proteção da ordem pública” no Rio de Janeiro.

No Twitter, Paes disse que “não admitiremos qualquer perturbação da ordem na cidade do Rio, especialmente a que tenha como objetivo atentar contra a democracia e o Estado de Direito. Seguiremos o rigor da lei.”

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), disse que está conversando com o Comando Militar do Leste desde domingo e citou uma recomendação do Ministério Público Federal neste sentido também. “Mas aqui no Rio é diferente, pois eles não estão em uma via pública, mas em um espaço dentro do Comando Militar. Então estamos conversando para que a decisão seja cumprida”, disse Castro, em entrevista à TV Globo.

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