Presidente afirmou que considera que o jornalista não cometeu crime
Nesta quinta-feira (16), durante transmissão ao vivo pelas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a motociata realizada em Orlando, nos Estados Unidos (EUA). Ele rebateu críticas feitas por ter participado de um evento com Allan dos Santos, disse não ter visto o jornalista, mas afirmou que apertaria a mão dele caso o encontrasse.
As críticas foram feitas porque Allan teve sua prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido de prisão de Allan foi estipulado no final de 2021.
Além disso, o ministro também determinou a extradição do jornalista. Ele atendeu a uma solicitação da Polícia Federal (PF). De acordo com Moraes, o órgão “apresentou indícios fortes, plausíveis e razoáveis da vinculação do representado Allan Lopes dos Santos à prática de diversos crimes”.
Ao comentar a situação, Bolsonaro disse que, para ele, Allan não cometeu crime.
“Eu não vi o Allan dos Santos nos EUA. Se tivesse visto, teria apertado a mão dele, sem problema nenhum (…) Ele não está na lista vermelha da Interpol. O crime que ele cometeu, segundo um ministro do Supremo, para mim não é crime. Você pode me falar que eu tenho que reconhecer o que o Supremo decide, mas não, pera aí. Para mim, não é crime o que ele cometeu”, apontou Bolsonaro na live.
O presidente afirmou ainda não existe a possibilidade de extradição do jornalista.
“Se for alguma coisa passível de qualquer ação, é injúria, calúnia, difamação, que a pena não é prisão. E existe acordo entre EUA e Brasil e, no caso do Allan dos Santos, mesmo que ele venha a ser condenado aqui, pelo cara que denuncia e julga, não está no acordo de extradição essa possibilidade. Se tivesse visto o Allan dos Santos, teria apertado a mão dele, dado um abraço nele, e ponto final”, ressaltou.