Intimidação da CPI da Pandemia contra jornais é repudiada por associação.
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) divulgou, neste domingo (1º), o requerimento de quebra de sigilo bancário apresentado pelos senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Humberto Costa (PT-PE) contra oito iniciativas jornalísticas do Brasil.
Os requerimentos estão entre os 135 a serem apreciados na 38.ª reunião da CPI da Covid-19, marcada para 3 de agosto, na retomada dos trabalhos da comissão.
Em um comunicado divulgado pelo jornal Gazeta do Povo, a Abert destaca que o requerimento não aponta “qualquer dado ou informação concreta que justifique a adoção de medida extrema” contra a emissora Jovem Pan.
A entidade ainda acrescentou que a CPI “tem como objetivo investigar ações e eventuais omissões do governo federal no combate à pandemia do novo coronavírus no Brasil“:
“E qualquer tentativa de intimidação ao trabalho da imprensa é uma afronta à liberdade de expressão, direito garantido pela Constituição Brasileira.”
A organização completou:
“A Abert espera que sejam observados a liberdade de imprensa e o Estado Democrático de Direito.”
Entre os atingidos estão Allan dos Santos, fundador do site Terça Livre; Raul Nascimento dos Santos, do site Conexão Política; José Pinheiro Tolentino, do site Jornal da Cidade Online; Galil Tecnologias Educacionais (Paulo de Oliveira Eneas), do site Crítica Nacional; a produtora Brasil Paralelo; a produtora Farol Produções Artísticas, do site Senso Incomum e Tarsis de Souza Gomes, do site Renova Mídia.
Segundo o site o Correio Braziliense, a aprovação dos requerimentos já é consenso entre senadores de oposição ao governo.