Comunicador destacou que pessoas têm mantido o uso do item mesmo com a liberação
Crítico de diversas medidas obrigatórias adotadas durante a pandemia, o jornalista Alexandre Garcia afirmou que as pessoas têm ficado presas a algumas determinações mesmo depois de elas começarem a ser liberadas, como o uso de máscara. De acordo com o comunicador, o item “virou uma algema”.
“A pessoa quer ser censurada, quer sofrer […] Eu vejo agora no Distrito Federal, está liberado o uso de máscara, mas as pessoas continuam usando, a máscara já virou uma algema, o que é isso?!”, questionou.
A declaração do jornalista foi dada em uma entrevista concedida ao site Jornal da Cidade Online, publicada pelo veículo na noite de sábado (6). Durante a conversa, Alexandre falou também sobre como acompanhou todo o processo de elaboração da atual Constituição Federal, e disse que hoje “as pessoas não dão bola” para a Carta Magna.
“Estou vendo que as pessoas não dão bola para a Constituição. Está escrito que a casa é asilo inviolável, aí um deputado é preso em casa às onze horas da noite! Está escrito que todos podem circular livremente pelo país em tempos de paz, mas não, os prefeitos proibiram as pessoas de circular e o Supremo deu poder aos prefeitos”, disse.
Garcia ainda criticou os ataques à liberdade de expressão, lembrando que o artigo 220 da Constituição Federal dá “direito ao livre pensar”, e destacou que parte dos jornalistas atualmente tem contribuído para defender “a censura” e, com isso, ajudar “a impor o pânico”.
“A liberdade de expressão está prevista na Constituição, no artigo 220, o direito ao livre pensar. Ver jornalistas defendendo a censura é masoquismo! Será que é um teste de totalitarismo? De absolutismo, de controle das pessoas? Pelo medo, pelo pânico? Aliás, os coleguinhas [jornalistas] ajudaram a impor o pânico”, completou.