Inflação na Argentina com governo de esquerda chega a quase 100%

Índice chega ao maior nível registrado em 32 anos

A inflação na Argentina aproxima-se de 100%, informou o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos, o “IBGE” do país, na quinta-feira 12. Depois de avançar pelo décimo primeiro mês consecutivo, o aumento dos preços ficou em quase 95%, em dezembro de 2022. Trata-se da inflação mais alta dos hermanos, desde outubro de 1991, quando a taxa anual ficou em pouco mais de 100%.

Em dezembro, a taxa mensal foi de 5,1%, com aumento de 2,4 pontos porcentuais em relação ao mês anterior, que se encerrou em 92,4% ao total. Em novembro, o registro do mês foi de 4,9%. Com isso, a tendência de queda foi interrompida desde o pico de 7,4%, em julho.

De acordo com o “IBGE” portenho, os setores que puxaram o aumento de preços no mês foram os de restaurantes e hotéis (7,2%) e os de bebidas alcoólicas e tabaco (7,1%). Já os que apresentaram as menores altas foram os de comunicação (3,4%) e educação (3,9%).

Para este ano, o governo do presidente peronista Alberto Fernández estima uma inflação de 60%, com meta mensal de 3% a partir de abril.

Em relação aos integrantes do G20, a Argentina é o país com a maior inflação do grupo e a maior taxa de juros, que era de 75% em novembro de 2022.

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