Renan Calheiros aciona STF para ordenar o retorno de Bolsonaro em 72 horas

Senador também pede que o ex-presidente seja investigado pelas manifestações que ocorreram no domingo 8

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a inclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro no inquérito inconstitucional que apura os chamados atos antidemocráticos, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes. Calheiros também solicitou que a Corte ordene o retorno de Bolsonaro ao Brasil em até 72 horas e seja preso caso se recuse a cumprir a determinação.

O requerimento foi encaminhado ao STF depois das manifestações que ocorreram em Brasília, no domingo 8. No documento, o parlamentar argumentou que teria sido Bolsonaro — que está nos Estados Unidos desde 30 de dezembro — quem incitou a ação dos manifestantes. “Não há dúvidas de que os atos terroristas lamentáveis foram a colheita da conduta golpista plantada por Jair Messias Bolsonaro durante toda sua vida pública”, alegou Calheiros.

PDT também aciona STF contra Bolsonaro

O Partido Democrático Trabalhista (PDT), que integra o governo Lula, também entrou com notícia-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR) para responsabilizar Bolsonaro pelos “atos de vandalismo” que ocorreram às sedes dos Três Poderes. A legenda ainda pede o retorno imediato do ex-presidente ao país e que entregue o passaporte.

Pedido de CPI

Parlamentares de oposição a Jair Bolsonaro articularam um pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para responsabilizar o ex-presidente pelas manifestações em Brasília. Na segunda-feira 9, os senadores obtiveram as assinaturas necessárias para protocolar o requerimento no Senado. Renan Calheiros, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Soraya Thronicke (União Brasil-MS) encabeçam o pedido.

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