Por ordem de Moraes, acampamento em SP é desmontado

Grupo de manifestantes estava instalado em frente à Assembleia Legislativa do Estado

O acampamento instalado em frente à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na zona sul da capital paulista, começou a ser desmontado na tarde desta segunda-feira, 9. A decisão baseia-se em uma ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O desmonte ocorre um dia depois de milhares de manifestantes invadirem o Congresso Nacional. No domingo 8, o grupo saiu do Quartel-General do Exército de Brasília, localizado a 8 quilômetros de distância, e partiu em direção ao Legislativo.

Em sua decisão, Moraes ordena a “prisão em flagrante de seus participantes pela prática de crimes” e afirma que as operações deverão ser realizadas pelas polícias militares, “com apoio da Força Nacional e da Polícia Federal”.

Imagens mostram pessoas correndo no hall do Congresso, enquanto outras permanecem sentadas no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Em outras filmagens, manifestantes são vistos subindo no teto do Parlamento. A cena lembra um ato de 2013, na esteira das manifestações contra o aumento das passagens de ônibus. Na ocasião, milhares de pessoas também ocuparam o teto e a marquise do Congresso.

Desmobilização pacífica

Nesta segunda-feira, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, minimizou o impacto dos protestos no Estado. Ele disse que a orientação do governador Tarcísio Gomes de Freitas é para que os manifestantes sejam retirados “de forma pacífica”.

“Nossa preocupação é fazer com que todos os manifestantes tenham consciência de que temos 24 horas para cumprir”, disse Derrite, referindo-se à orientação do governador. “Ao longo do dia de hoje, esse diálogo será iniciado na esperança de que tudo se resolva sem o uso escalonado da força.”

O secretário ressaltou que os atos registrados em Brasília não têm similaridade com os ocorridos em São Paulo. “Estávamos preocupados com o desencadeamento das manifestações e possíveis atos que pudessem ocorrer no Estado de São Paulo”, observou. “Importa frisar, de imediato, que as ações que aconteceram em Brasília não encontram similaridade com as de São Paulo. Aqui, temos um cenário de tranquilidade.”

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