Quem é o brasileiro que perdeu mais de R$ 40 bilhões nos últimos 12 meses?

Saverin criou, ao lado do norte-americano Mark Zuckerberg, a rede social que mudou o comportamento do mundo — o Facebook

O brasileiro que perdeu mais de R$ 40 bilhões nos últimos 12 meses tem 40 anos, vem de São Paulo e tem nome e sobrenome: é o paulista Eduardo Saverin. Ele viu sumir de sua conta US$ 7,8 bilhões.

Saverin criou, ao lado do norte-americano Mark Zuckerberg, a rede social que mudou o comportamento do mundo — o Facebook. Zuckerberg e Saverin eram colegas de quarto na Universidade de Harvard e foi lá que o Face (hoje Meta) nasceu. Saverin era meio que o “cara de business“, responsável sobretudo pelas finanças do negócio.

A razão da fortuna ter despencado foi justamente a participação nas ações que ele ainda possui na empresa — e que desabaram em 2022. Saverin tinha um patrimônio estimado em US$ 14,6 bilhões, de acordo com a Forbes, no fim de 2021. Nas últimas semanas, a cifra chegou a US$ 6,8 bilhões. Saverin vive, atualmente, em Singapura e é gestor do fundo de investimento B Capital, que faz apostas em startups inovadoras de diversos segmentos.

As ações tiveram queda expressiva porque a Meta fatura menos com publicidade e gasta mais. Depois de chegar ao topo, com 43% da população mundial usando Facebook, Instagram ou WhatsApp, o número de usuários começou a cair. Na tentativa de reinventar o modelo de negócios, Zuckerberg investe pesado em uma obsessão — o Metaverso. Fora isso, o grupo enfrenta uma dura competição por anunciantes com o TikTok, o aplicativo rival chinês.

Por essas que, no fim do ano passado, Zuckerberg chegou a pedir desculpas aos funcionários, ao demitir 13% da força de trabalho, 11 mil profissionais, incluindo no Brasil. Se isso não fosse ruim, o valor de mercado da empresa caiu de US$ 1,1 trilhão para US$ 300 bilhões. A empresa perdeu US$ 800 bilhões em menos de 12 meses.

Zuckerberg também viu sua fortuna despencar: de US$ 106 bilhões para algo em torno de US$ 50 bilhões.

Zuckerberg e Saverin estão menos ricos, mas seguem multibilionários.

Por Bruno Meyer

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