Advogados ligados a Lula querem “repressão” a manifestantes

O grupo Prerrogativas quer obrigar o novo ministro da Defesa a acabar com as manifestações

O grupo Prerrogativas, integrado por juristas, advogados e defensores públicos ativistas de esquerda, pretende acionar a Justiça para obrigar o ministro da Defesa, José Múcio, a obrigar os manifestantes contrários a eleição de Lula a saírem da frente dos quartéis-generais do Exército.

Os atos, que são investigados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, pedem uma investigação minuciosa das eleições e uma possível intervenção militar. O ministro afirmou ainda acreditar que os atos devem perder apoio aos poucos, sem repressão.

“Na hora que o ex-presidente entregou o seu cargo, saiu, e o vice-presidente Mourão fez o pronunciamento e pediu que as pessoas voltassem aos seus lares. Aquelas manifestações no acampamento, e eu digo com muita autoridade porque tenho familiares e amigos lá, são uma manifestação da democracia”, disse Múcio na segunda-feira 2 a jornalistas.

O coordenador do grupo esquerdista, Marco Aurélio de Carvalho, diz que é “inaceitável que as manifestações antidemocráticas não tenham sido duramente repreendidas”.

“O governo precisa ter ações enérgicas e pedagógicas. As pessoas que estão ali não estão protestando por direitos ou contra a fome no país. Elas estão incitando o ódio, numa tentativa clara de estimular um golpe militar, o que é intolerável”, disse ele à Folha de S.Paulo, nesta quarta-feira, 4.

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