Rabino-chefe critica apoio de ortodoxos a orador gay no Knesset

Primeiro-ministro Netanyahu condenou os ataques contra Likud Amir Ohana

No domingo (1), o rabino-chefe sefardita de Jerusalém, Shlomo Amar, apontou que era “insuportável” que um homem abertamente gay, o legislador do Likud Amir Ohana, fosse nomeado presidente do Knesset e criticou duramente os parlamentares religiosos que apoiaram sua nomeação.

“Essa coisa toda com as abominações, hoje elas são glorificadas. Por vergonha. Uma desonra dessas. Ai dos ouvidos que ouvem tais coisas. É insuportável. Eles os nomeiam para papéis que são considerados elevados. Eles perderam toda a sua vergonha”, disse ele.

De acordo com The Times of Israel, além disso, Amar também condenou os legisladores religiosos que votaram a favor da nomeação de Ohana.

“Infelizmente, parece que até mesmo pessoas consideradas tementes a Deus apoiaram. Isto é uma vergonha enorme, que as pessoas que representam a Torá e o judaísmo… Deus tenha piedade”, disse.

Desta forma, na quinta-feira o Knesset elegeu Ohana como seu orador, pouco antes da votação para a tomada de posse do 37º governo de Israel. Ex-ministro de governos anteriores, Ohana é a primeira pessoa abertamente gay da Knesset a ocupar o cargo de orador.

Sendo assim, o resultado da votação do plenário foi 63-5, com todos os legisladores da coalizão votando a favor, exceto o judaísmo Unido da Torá, que estava no exterior. Em seus primeiros comentários após ser eleito, Ohana prometeu que a nova coalizão não violaria os direitos LGBTQ.

Nesse sentido, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu condenou os ataques a Ohana por Amar e Mazuz, citando uma passagem de Ética dos Pais, de Pirkei Avot, uma compilação de ensinamentos éticos rabínicos.

“Amado é homem porque foi criado à imagem de Deus. Toda pessoa é criada à imagem de Deus. Essa é a crença fundamental que foi dada à humanidade há milhares de anos por nosso povo, e é a crença fundamental que nos guia hoje”, disse.

Fonte: Gospel Prime

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