PF já prendeu 5 pessoas em operação no Espírito Santo por ordens de Moraes

Operação mira apoiadores do presidente Jair Bolsonaro

A Polícia Federal (PF) já prendeu cinco pessoas durante as operações deflagradas na última semana no Estado do Espírito Santo: dois deputados, um vereador, um jornalista e um pastor, todos suspeitos de participarem de atos contra o presidente eleito, Lula. O pedido partiu do ministro Alexandre de Moraes

Em vídeo divulgado em redes sociais antes de ser preso, o pastor Fabiano pediu proteção e “exílio militar”, em frente ao 38º Batalhão de Infantaria do Exército de Vila Velha. Ele foi preso na segunda-feira 19. Também foram presos no Estado o jornalista Jackson Rangel Vieira, o vereador de Vitória e os deputados Armando Fontoura Borges Filho e Armandinho Fontoura (Podemos).

O deputado estadual Carlos Von (DC) teve instalada uma tornozeleira eletrônica, assim como o deputado estadual Luciano Castelo de Assumção, conhecido como Capitão Assumção (PL). Desde a quinta-feira 15, quando tiveram início as operações da PF contra os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, foram cumpridos 104 mandados de busca e apreensão em sete Estados brasileiros e no Distrito Federal (DF).

Relembre o caso

Na quinta-feira 15, a PF deflagrou uma operação contra manifestantes que questionam o resultado das eleições e se opõem à posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A operação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e está relacionada à investigação sobre “atos antidemocráticos”.

Logo no começo dos protestos, depois do segundo turno das eleições, em 30 de novembro, Moraes fixou multa de R$ 100 mil a quem participasse de atos bloqueando rodovias. Em 17 de novembro, Moraes havia determinado o bloqueio de bens de 43 empresas e pessoas suspeitas de financiar as manifestações, sendo a maioria de Mato Grosso.

Na cerimônia de diplomação de Lula, na segunda-feira 12, o ministro disse que os responsáveis pelos diversos protestos em todo o país serão responsabilizados e prometeu intensificar as investigações sobre as manifestações.

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