Cristão permanece preso por não se curvar à ideologia de gênero

Professor se nega a usar pronomes neutros em termos que possuem gênero

O professor cristão Enoch Burke recebeu a triste notícia de que continuará preso e não passará o Natal em casa. Ele foi preso em setembro por não utilizar pronomes neutros em termos que possuem definição de gênero, uma determinação do Supremo Tribunal da Irlanda. Burke deveria cumprir determinação judicial e permanecer afastado da escola que trabalha, a Wilson’s Hospital School, no condado de Westmeath, na Irlanda, e não o fez, o que motivou a prisão.

Desejando passar o Natal em casa, o professor fez um vídeo na Prisão Mountjoy, em Dublin, implorando ao juiz para deixá-lo sair. Argumentando que “não era um ladrão, um assassino ou um traficante de drogas”, prosseguiu dizendo que estava passando por tudo isso em nome de suas crenças cristãs.

Embora o juiz não tenha deferido o pedido, o professor pode ganhar a liberdade a qualquer momento, desde que se retrate acerca de seu ato. Mas no entendimento de Burke, isso seria renegar sua missão diante de Deus e contrariar suas crenças cristãs.

Os pais do professor compareceram ao tribunal e contaram que ele apenas nasceu e foi criado numa família cristã. Afirmaram ainda que ele estava sendo perseguido injustamente por não ceder ao “transgenerismo” por princípios bíblicos. Sua mãe, muito impactada com a situação, disse que o tribunal enfrentará o julgamento divino.

Burke continuará preso até que uma audiência no Tribunal Superior seja marcada ou que ele cumpra a ordem de permanecer longe da escola. O professor segue convicto de sua posição: “A suspensão e a ação movida contra mim pela escola não são razoáveis, são injustas e ilegais. A liberdade de consciência e a liberdade de religião estão consagradas na constituição irlandesa’, pontuou.

Rosemary Mallon, representante jurídica da escola, disse ao tribunal que o motivo que o mantém sob custódia não é sua opinião sobre o “transgenerismo”, mas por ter transgredido a ordem judicial.

“O sr. Burke decidiu não obedecer às ordens deste honorável tribunal. O sr. Burke decidiu não expurgar seu desprezo. Se essa ordem for atendida, ele voltará para a sala de aula. Isso é o que o sr. Burke quer”, afirmou Mallon.

O professor se mostra inflexível e chegou a dizer que pode ser um cristão dentro da prisão ou ser um pagão e respeitador do transgenerismo fora dela.

“Tive muito tempo para considerar minhas ações e comportamento que me levaram a esse lugar e, longe de encontrar qualquer caso de má conduta, muito menos má conduta grosseira, apenas achei minhas ações louváveis ​​e que tive a coragem de responder à diretora dizendo a ela que transgênero era um abuso de crianças e uma violação dos meus direitos constitucionais de livre expressão de crenças religiosas”, finalizou.

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