Ministro Benedito Gonçalves sinalizou a interlocutores que dedicará energia aos processos
O ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, vem indicando em conversa com interlocutores que investirá energia nas apurações que podem tornar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados inelegíveis. As informações são do colunista Guilherme Amado, do portal Metrópoles.
Protocoladas pelo Partido dos Trabalhadores (PT), as ações miram o chefe do Executivo e nomes políticos alinhados a ele sob acusação de ataques sem provas ao processo eleitoral e concessão ilegal de benefícios durante a campanha presidencial.
Enquanto o último corregedor-geral, Mauro Campbell, não avançou com os processos, Benedito tem sinalizado que seguirá o caminho oposto. Na última quarta-feira (14), ele instaurou apurações e deu prazo de cinco dias para que os alvos se expliquem ao tribunal.
Entre os investigados estão o presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro Braga Netto, o senador Flávio Bolsonaro, e os deputados já atuantes e também eleitos Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Carla Zambelli (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Nikolas Ferreira (PL-MG), Gustavo Gayer (PL-GO), Magno Malta (PL-ES).
Durante a cerimônia de diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizada na segunda-feira, 12, o ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), dirigiu-se ao presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, e afirmou o seguinte: “Missão dada é missão cumprida”.
A declaração foi proferida logo depois de Moraes pedir ao ministro Ricardo Lewandowski e ao próprio Gonçalves que levassem o presidente eleito e o vice, Geraldo Alckmin (PSB), ao plenário do TSE.