Alvos de mandados de prisão incluem vereador, jornalista, radialista e até pastor
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão de quatro pessoas no âmbito da operação realizada nesta quinta-feira (15) pela Polícia Federal (PF) no Espírito Santo. Os mandados emitidos pelo ministro fazem parte do chamado inquérito dos atos antidemocráticos. Dois dos alvos já estão presos e os outros dois ainda não se apresentaram à PF.
De acordo com o portal G1, o vereador de Vitória Armandinho Fontoura (Podemos) e o jornalista Jackson Rangel já foram presos. Por outro lado, o pastor Fabiano Oliveira e o radialista Max Pitangui (PTB) ainda não tinham se apresentado à PF até esta quinta.
Saiba quem são cada um dos quatro alvos dos mandados de prisão emitidos por Moraes:
Armandinho Fontoura (Podemos) – vereador de Vitória
Fontoura é investigado por, em sua rede social, pedir que fosse colocado “limite nesses bandidos togados” e também por chamar ministros do STF de “imperadores do Brasil”.
O parlamentar foi eleito em 2020 para o primeiro mandato na Câmara de Vitória e se tornou o vereador mais jovem da Casa. Em 2022, ele foi eleito para presidir a Casa, cargo que ocupará a partir de 2023.
Jackson Rangel – jornalista
Criador do site Folha ES, Rangel se define como um “defensor incondicional da liberdade de expressão”. Na decisão, Moraes acusou o jornalista de usar a plataforma para atacar instituições.
Além disso, o ministro disse ainda que Jackson e o site seriam usados para atacar “a honra, a imagem, a honorabilidade, a moral e dignidade de uma gama de atores constitucionais”.
Max Pitangui (PTB) – radialista
Radialista e publicitário, Pitangui disputou uma vaga na Assembleia Legislativa do Espírito Santo nas eleições de 2022, mas não foi eleito.
Ele é investigado por, segundo a decisão de Moraes, ter “se manifestado de forma abusiva, não só questionando sem provas a lisura do pleito eleitoral, mas também incitando a abolição do próprio Estado Democrático de Direito”.
Fabiano Oliveira – pastor
O líder religioso é investigado por integrar um movimento chamado Soberania da Pátria, que faz críticas ao sistema eleitoral. Oliveira é também presidente da União Geral do Transporte Escolar Brasileiro no Espírito Santo.
Na internet, ele compartilha fotos e vídeos em que convoca a presença de apoiadores em manifestações de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL).