Seriam eles infiltrados, talvez os black blocs? O objetivo seria o de tumultuar e impedir a continuidade das manifestações de direita?
Muita coisa ‘não está batendo’ nas cenas vistas na noite desta segunda-feira (12) em Brasília… e vamos explicar. Foi um verdadeiro inferno na Esplanada dos Ministérios e demais áreas da região central da capital do país
Quebra-quebra, veículos e prédios depredados, fogo, interdição de vias e até a prisão de um indígena, em um caso, até aqui, muito mal explicado e com requintes de violência que não são comuns, nem em situações mais extremas.
Atos que a velha mídia, políticos e lideranças ligadas ao PT e ao ex-presidiário Lula, imediatamente, passaram a explorar nos diversos canais de comunicação tradicional e nas redes sociais, apontando, como responsáveis, os manifestantes que ficam acampados diante do QG das FFAA, em Brasília, e ainda as milhares de pessoas que têm passado pela capital para participar de manifestações, como as realizadas diante do Palácio do Alvorada, desde a última quinta-feira, com a presença do presidente, já em duas oportunidades.
E é justamente neste ponto que a “narrativa” não bate de jeito algum.
Os manifestantes e apoiadores de Bolsonaro são, em sua esmagadora maioria, famílias e pessoas trabalhadoras com um perfil muito bem caracterizado. Na faixa dos 30 aos 50 anos, ou mais velhos. Quase sempre são casais e não é incomum estarem acompanhados de outros familiares, incluindo filhos mais jovens e até crianças.
Suas atitudes “mais radicais” são xingar e cantar refrões contra o STF, o TSE e seus ministros, gritar contra a censura da toga, desconfiar do processo eleitoral e clamar por uma ação das Forças Armadas para ‘libertar o Brasil’. Muitas vezes, eles também são ‘flagrados’ cantando o Hino Nacional e o Hino da Independência, de hora em hora, em uma overdose de patriotismo.
Nada, absolutamente nada! que possa ser usado para relacioná-los ao que se viu em Brasília.
Coincidentemente, vejam só, a data em que muitos apoiadores do Nine correram para Brasília para acompanhar e comemorar a sua diplomação para a presidência, em cerimônia realizada no TSE.
As fotos e vídeos que circulam na web mostram jovens com prática em depredação.
Estão encapuçados e até chegam a carregar máscaras contra gás lacrimogênio… usam jeans e camisetas que em nada podem relacioná-los aos patriotas nas portas dos quartéis e agem com velocidade e técnica. Como em um dos vídeos, captado da janela de um apartamento, em que um grupo incendeia, sem qualquer dificuldade, um ônibus.
Enquanto vandalizam, é possível ouvir, mais de uma vez: “Fora Bolsonaro… fora Bolsonaro…”
Seriam eles infiltrados, talvez os black blocs? O objetivo seria o de tumultuar e impedir a continuidade das manifestações de direita?