Arquivos do Twitter: Os bastidores do banimento de Trump

Jornalista revela diálogo de integrantes do alto escalão da empresa para censurar o então candidato à reeleição

O jornalista Matt Taibbi fez uma sequência de postagens com o título The Twitter Files (“Os arquivos do Twitter”, em tradução livre). Elas mostram como altos executivos da rede social decidiram retirar Donald Trump, ex-presidente norte-americano, da plataforma. Elon Musk, novo dono da rede social, compartilhou a denúncia publicada na sexta-feira 9.

Trump foi banido em 8 de janeiro de 2021, depois dos protestos em seu apoio na frente do Capitólio dos Estados Unidos. De acordo com Taibbi, Os Arquivos do Twitter mostram que os executivos da rede social pretendiam banir o então presidente dos EUA antes mesmo das manifestações ocorrerem.

“A maior parte do debate interno que levou à proibição de Trump ocorreu naqueles três dias de janeiro”, escreveu Taibbi. “No entanto, a estrutura intelectual foi estabelecida nos meses anteriores aos distúrbios do Capitólio.”

O jornalista relata que a empresa criou um canal interno de mensagens. “Este seria o local para discussões sobre remoções relacionadas a eleições, especialmente aquelas que envolviam contas de ‘alto perfil’”, explicou.

“Suprema Corte” da moderação

Além disso, ele cita a existência de uma “Suprema Corte de moderação de alta velocidade, emitindo decisões de conteúdo na hora, muitas vezes em minutos e com base em suposições, intuições e até pesquisas no Google, mesmo em casos envolvendo o presidente”.

O grupo seria formado por executivos sêniores das políticas de segurança e manteria contato direto com autoridades federais e de inteligência norte-americanas sobre as questões de moderação de conteúdo durante as Eleições de 2020.”

Os Arquivos do Twitter, segundo o próprio Taibbi, ainda estão em revisão. As mensagens iniciais, contudo, mostram que a empresa poderia, depois de censurar Trump, retirar outros presidentes e a própria Casa Branca da rede social.

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