Nesta quarta-feira (7), silenciosamente, da mesma forma como sempre tem agido ultimamente, o presidente Jair Bolsonaro teve um encontro com o general Eduardo Villas Boas.
Extremamente respeitado, o general é possivelmente a maior liderança entre os militares brasileiros e o mais profundo conhecedor dos meandros das Forças Armadas.
Villas Boas foi comandante do Exército Brasileiro no período compreendido entre 2015 e 2019.
Há poucos dias, ele divulgou um texto bombástico em suas redes sociais.
Eis o texto na íntegra:
“As duas semanas que se encerraram foram marcadas por eventos significativos. A população segue aglomerada junto às portas dos quartéis pedindo socorro às Forças Armadas.
Com incrível persistência, mas com ânimo absolutamente pacífico, pessoas de todas as idades, identificadas com o verde e o amarelo que orgulhosamente ostentam, protestam contra os atentados à democracia, à independência dos poderes, ameaças à liberdade e as dúvidas sobre o processo eleitoral.
O inusitado diante dos movimentos foi produzido pela indiferença da grande imprensa. Talvez nossos jornalistas acreditem que ignorando a movimentação de milhões de pessoas elas desaparecerão. Não se apercebem eles que ao tentar isolar as manifestações podem estar criando mais um fator de insatisfação.
A mídia totalmente controlada nos países da cortina de ferro não impediu a queda do Muro de Berlim.
A História ensina que pessoas que lutam pela liberdade jamais serão vencidas.
Concomitantemente, as Forças Armadas emitiram duas notas: a primeira, assinada pelo Gen Paulo Sergio, Ministro da Defesa, trouxe anexo um relatório com 65 páginas, detalhando passo a passo a auditoria empreendida pela equipe multidisciplinar do MD.
Simplificando, a essência da questão se prende a que o ato de votar deve ser privado, enquanto a apuração deve ser pública e auditável.
Em 11 de novembro último, os Comandantes da Marinha. Exército e Aeronáutica emitiram uma nota de apenas uma folha, suficiente para demonstrar o apego aos princípios e valores militares, bem como ao texto constitucional.
Por fim, não pode deixar de ser destacada a liderança, o equilíbrio, a serenidade e a autoridade dos atuais comandantes e do Ministro, condições com as quais asseguram a disciplina e a coesão de seus subordinados. Externamente, reforçam a confiabilidade que a população, não por acaso, elege como as de nível mais alto do país.