Diante da “PEC do Rombo”, Bolsa segue caindo alucinadamente

Os investidores do Brasil continuam observando atentamente como o Congresso Nacional está agindo diante da PEC do Rombo, aprovada na CCJ do Senado.

Antes mesmo da aprovação, o Ibovespa, principal índice da B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, seguia caindo a 1,48%. Enquanto isso, o dólar comercial tinha alta de 0,92% e batia os R$ 5,26.

Tanta inconstância se deve à incerteza dos juros futuros e à forma como o petista conduzirá a economia do Brasil, a partir de 2023. Os investidores, claro, não querem injetar dinheiro em um país com instabilidades política, econômica e social. Por isso, reagem rapidamente, o que acaba influenciando o dólar e a bolsa. Para se ter ideia, até o Dow Jones, nos Estados Unidos recuou a 0,86% e o Euro Stoxx 50, na Europa, encolheu em 0,53%.

Lula alega que precisará romper o teto de gastos da União, que é a diferença entre o que o Governo recebe e as despesas que tem pra pagar, por tempo indeterminado. Só no primeiro ano da sua próxima gestão, ele transbordará o limite de gastos em R$ 198 bilhões. O ex-condenado da Lava-Jato jura que não é para encaminhar verba nenhuma para ditaduras amigas e que os recursos a mais seriam utilizados apenas para bancar as promessas de campanha. Mas, a verdade é que nem o valor do Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família) está garantido. Se Bolsonaro (PL) fosse reeleito, o benefício passaria para R$ 1 mil. Com Lula no poder, a esquerda propõe R$ 450 e avalia entregar mais R$ 150 por criança menor de seis anos. Mas, tudo é incerto.

O certo mesmo é que os presidentes da Argentina, Venezuela, Honduras, França, Alemanha e Noruega já estão loucos para retomar “as parcerias” com o Brasil.

A hondurenha Xiomara Castro foi enfática e disse:

“Primeiro de Janeiro de 2023, estarei viajando ao Brasil para a posse do presidente Lula e, assim, retomar e resgatar os financiamentos para as represas de Los Llanitos e Jicatuyo”, avisou a chefe de Estado, informando que fará um pedido de empréstimo ao BNDES de quase R$ 1 bilhão.

Como resumiu bem o economista, ex-presidente do Banco Central e ex-aliado de Lula, Henrique Meirelles:

“Boa sorte aos investidores.”

Fonte: Jornal da Cidade

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